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Memória Social

Durante o mestrado, realizei pesquisa sobre Memória Oral e Transmissão Cultural de Conhecimentos: o Bairro do Sapê, Niterói, RJ, na Voz de Erveiros, Mateiros e Cultivadores da Região (UFRJ/EICOS, 2009). A foto abaixo, inclui dois entrevistados, pai e filho, erveiros e mateiros do bairro do Sapê, antigos moradores desta comunidade, os quais baseiam sua renda familiar até os dias de hoje, a partir das plantas medicinais e ornamentais, em especial das orquídeas Renantheras. 

 

 

Sapê - Niterói

Sapê – Niterói


Memória Oral e Transmissão de Conhecimentos:


A Comunidade do Sapê, Niterói, RJ, na voz de Mateiros, Erveiros e Cultivadores de Plantas Ornamentais da Região

 

Patricia Carla de Almeida e Souza
Carlos Frederico Loureiro (orientador)

 

Este estudo de caso analisa elementos de memória social da comunidade do Sapê, Niterói, RJ, relacionados ao cultivo de plantas ornamentais e à coleta de plantas medicinais, através da história oral de mateiros, erveiros e cultivadores, antigos moradores do bairro e alguns de seus descendentes. Muito embora grande parte dos antigos moradores deste bairro – que ainda conserva características rurais – tenha renda familiar baseada em suas atividades com as plantas, a nova geração parece distanciar-se cada vez mais destes saberes locais e que residem apenas nas memórias dos mais velhos da região. A discussão acerca dos fatores que promovem ou dificultam a transmissão/produção cultural de conhecimentos e significados na comunidade conduziu o trabalho de campo, a partir da voz dos entrevistados. Neste sentido, é preciso salientar que a história oral trouxe novas informações sobre o diálogo intergeracional na comunidade, além de apontar mudanças significativas na região, antes baseada em pequenas propriedades rurais de economia de subsistência e que hoje enfrenta os desafios trazidos pela crescente urbanização do bairro. Com a privatização dos espaços públicos, além de impacto sócio-ambiental significativo, reduziu-se o acesso às matas e áreas externas de lazer da comunidade. Ainda assim, a partir da voz de mateiros, erveiros e cultivadores da região percebe-se que parte do patrimônio imaterial construído no passado permanece vivo no novo cenário, numa relação dinâmica entre elementos tradicionais e contemporâneos, tensões e contradições. Como desdobramento deste estudo, busca-se criar uma base de dados para futuro aprofundamento do trabalho de ação comunitária que vem sendo realizado há sete anos com adolescentes do bairro – o Projeto Sapê – como possibilidade de ampliação dos canais de comunicação entre idosos, antigos moradores e os mais jovens, na busca da percepção do espaço onde vivem como parte essencial de suas histórias.

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