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Desastres Ambientais

Realizei doutorado no Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/EICOS/2015), focando minha pesquisa na questão dos sujeitos envolvidos em Desastres Ambientais.

Minha tese de Doutorado (EICOS/UFRJ, 2015),  investigou de forma exploratória Estratégias Psicossociais de Trabalho com Sujeitos em Situação de Desastres Ambientais, buscando trazer uma referência acadêmica nacional sobre comunidades que sofrem com os crescentes problemas e desastres ambientais, reconhecendo a vulnerabilidade e a resiliência associadas aos sujeitos, tendo entrevistado profissionais que trabalham diretamente com a população e os profissionais envolvidos, numa busca de superação de traumas de choque relacionados. Os conceitos trabalhados foram: territorialidade, enraizamento, justiça ambiental, vulnerabilidade e resiliência. O orientador da pesquisa foi o Prof. Carlos Frederico Loureiro, respeitado no Brasil inteiro por suas pesquisas na área da educação ambiental e abordagem crítica.

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Resumo da Tese de Doutorado

Vulnerabilidades socioambientais e estratégias psicossociais de trabalho com sujeitos em situação de desastres ambientais

Patricia Carla de Almeida e Souza
Carlos Frederico Loureiro (orientador)

A presente pesquisa qualitativa e exploratória investiga e discute acerca de questões socioambientais e psicossociais dos sujeitos envolvidos em situação de risco e/ou desastre ambiental, com enfoque especial aos desabrigados e desalojados pelas inundações e deslizamentos de terra no estado do Rio de Janeiro. Além da vulnerabilidade a que estão expostos, constantemente, os moradores destas áreas vivem em situação de exclusão social, parte deles tendo perdido suas famílias. São discutidos conceitos relacionados à questão de desastres ambientais, incluindo revisão em literatura nacional e internacional sobre os desafios sociais, econômicos, materiais e imateriais, que envolvem o tema. O referencial teórico teve como base os conceitos de justiça ambiental, reconhecimento, enraizamento/territorialidade, vulnerabilidade e resiliência, citando, ainda, a experiência de outros países sobre a temática, com desafios e processos de vulnerabilidade muito semelhantes aos de nossa realidade brasileira. A pesquisa de campo incluiu observação participante e entrevistas aprofundadas e semi-abertas, relatando as estratégias psicossociais realizadas com sujeitos em situação de desastres ambientais, especialmente entre os anos de 2010 e 2013. O reconhecimento das experiências já vivenciadas em situações de ação conjunta anteriores pela população local pode ser uma estratégia de vital importância para futuros trabalhos, ampliando a resiliência dos sujeitos envolvidos. O processo da pesquisa apontou uma enorme lacuna e fragmentação tanto das pesquisas acadêmicas sobre os desastres ambientais no Brasil, quanto em trabalhos de ação comunitária, com base em abordagens socioambiental e psicossocial, indicando necessidade de uma maior sistematização do reduzido número de trabalhos encontrados em campo.

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